sábado, 8 de janeiro de 2011

Felicidade


Avisto-te no brotar da aurora,
no eterno aroma do agora
e no sabor incerto do futuro.
Descubro-te entre a lamúria,
nas desbotadas cores do isolamento,
no silêncio da música que me nutri,
na lucidez demente do pensar.
Percebo-te na imensidão,
no tom azul que da cor ao infinito,
nos momentos delicados da solidão
e na simples paz de estar comigo.
Descubro-te vivaz,
no burburinho da garoa que insiste em cair,
no sorriso que surge simples e inexperiente
em cima de ódios,
incapazes de deflorar a paz.
Me encontro em inteiro ardor,
quando deixo minh’alma, relaxada,
espreguiçar seu êxtase
e suspirar seu deleite,
nos braços macios
e aconchegantes do amor.

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