terça-feira, 20 de maio de 2014

Tristeza tem fim, felicidade não...



Todos correm o risco de um dia serem tocados pela tristeza, o problema é que muitos dão mais valor a remotos períodos de dor do que a intensos momentos de felicidade.

 As pessoas preferem se lembrar do primeiro tombo e lágrimas de uma criança que começa a andar, do que propriamente o primeiro passo. Por vezes, ainda vem à tona aquela velha história de só dar valor ao que passou; uma verdadeira síndrome de saudosismo.

 Por conta de tristezas passadas matam as diversas oportunidades que batem à porta.

Os pessimistas acreditam na finitude da alegria e, consequentemente, na constância da tristeza humana. Para muitos, somente o que é bom torna-se passageiro. As pessoas anseiam e lutam por tantas coisas, mas quando conquistam, não dão o real valor.

Em virtude de uma mania coletiva que exalta a dor, propagada através dos arautos do sofrimento, cria-se uma mentalidade de que a infelicidade se sobrepõe a tudo. Parece que é mais importante ter na memória um segundo de dor do que uma vida inteira feliz.

A felicidade para algumas pessoas parece ser muito mais efêmera que qualquer outro sentimento.

Todos conhecerão pessoas assim pela vida e por mais que tentem, não conseguirão retirá-las deste estado. Poucos enxergam num simples sorriso, numa palavra amiga ou num abraço, os melhores remédios para a tristeza.

Ledo engano.

Sofrem por escolhas equivocadas.

Viver de maneira prazerosa e intensa cada momento feliz é importante para o crescimento do homem, tal qual aqueles momentos de dor. O conflito destes opostos é primordial, pois ninguém se desenvolve somente pelas tristezas e amarguras que enfrenta. O carinho, o amor e a felicidade também são capazes de tornar uma pessoa forte.
Felicidade é algo palpável, real e que está ao alcance de todos. Em função da vida não ser fácil, a felicidade pode até se mostrar passageira, vez que momentos de dor e tristeza surgirão, porém ela deve prevalecer.

"Tudo é questão de despertar sua alma."

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O sofrimento humano



João Paulo II, agora santo, em sua belíssima Carta Apostólica “Salvifici Doloris”, texto repleto de grandes ensinamentos, utiliza como norte citações de Paulo para desvendar o “sofrimento”.

Paulo de Tarso, também conhecido como São Paulo ou Apóstolo Paulo, foi um dos mais importantes escritores do Cristiano Primitivo, uma corrente que inicia suas obras após a Ressurreição de Jesus Cristo.

Quando se fala em Paulo, certamente todos se lembram de uma palavra um tanto quanto diferente: Epístola!

Apesar do nome, se trata na verdade de uma carta. Paulo escreveu um conjunto de epístolas direcionadas às comunidades que visitara, nas quais pregava a doutrina Cristã. Sem adentrar no mérito religioso, são grandes ensinamentos, muitas vezes dispostos em belíssimas metáforas.

Talvez exista um certo preconceito, oriundo de algumas pessoas, por se tratar de literatura advinda de um pilar dos pilares Igreja Católica. Na verdade toda forma de ensinamento é interessante, desde o que é falado por um avô até os que vêm dos “Paulos”, “Franciscos”, “Dalais”, “Lennons”...

O ser humano tem que caminhar no sentido de um dia ser capaz de filtrar tudo que ouve.

Paulo, um homem de fé, disse que seria capaz de alegrar-se nos sofrimentos suportados por Deus. Ele descobriu que até no sofrimento, o homem pode vencer. Trata-se de um ponto em que o homem está, em certo sentido, destinado a se superar: “Gloriamo-nos também nas tribulações, sabendo que da tribulação deriva a paciência; da paciência a virtude comprovada; e da virtude comprovada a esperança.”

Em seu texto, Karol Wojtyla diz que, o sofrimento humano acende a compaixão, inspira o respeito e, a seu modo, intimida. Todos hão de respeitar uma pessoa que está sofrendo, pois isso é comum ao todo e qualquer ser humano. Além disso, os que verdadeiramente amam, apoiarão a pessoa que está sofrendo. O sofrimento é o maior mistério humano.

O homem sofre de diversas formas, algumas até mesmo desconhecidas por parte da medicina, por se tratar de algo mais amplo e complexo que a doença. Conforme João Paulo II, o sofrimento, ao mesmo tempo é sobrenatural e humano. É sobrenatural pois se radica no “mistério divino da Redenção do mundo”, e é também humano, “porque nele o homem se aceita a si mesmo, com a sua própria humanidade, com a própria dignidade e a própria missão.”

Mesmo que você, caro leitor, não seja um cristão, saiba que todos, mesmo de uma forma metafórica, carregam uma cruz. João Paulo II disse: “E pedimos a todos vós que sofreis, que nos ajudeis.”

Por que sofremos? Porque somos humanos. E quanto mais tempo gastarmos tentando descobrir respostas, mais sofreremos. Muitas vezes o sofrimento do homem é gerado por outro ser humano. O importante é ter em mente que a alegria, muitas vezes, será precedida pelo sofrimento.

Talvez a fé seja um grande aliado que o homem precise para vencer o sofrimento. C.S. Lewis, o grande escritor irlandês, um cristão em sua mais pura essência, muito conhecido pelas grandiosas “Crônicas de Nárnia”, disse que Deus sussurra a todos na saudade e na prosperidade, mas pelo homem ser um mau ouvinte e deixar de ouvir, ou até mesmo filtrar, Ele gira o botão do amplificador através do sofrimento. Neste momento, o homem consegue escutar Deus...