Certamente o seria se conseguíssemos fugir da grave doença que é o egoísmo coletivo. Cada um criando seu próprio mundo e se escondendo atrás de grandes ilusões e verdades programadas, seguindo rotinas medíocres, que quase nada acrescentam, nem a si mesmo, nem aos outros. Por que algumas pessoas têm a mania de fazer sempre as mesmas coisas, do mesmo jeito, como se fossem donas do tempo e únicos habitantes do mundo? Não se permitem viver novidades e nem dão oportunidades a quem talvez as merecesse. Não consentem que o nascer do sol traga consigo um novo dia verdadeiro, e não a mera repetição de dias anteriores.
Desde que nascemos aprendemos que a vida é um ciclo, com início, meio e fim, marcada por inúmeras mudanças. Se todos têm consciência disso, por que tanta resistência em alterar escolhas?
O mundo tem nos proporcionado uma vida corrida e até certo ponto maluca, onde diariamente “trombamos” com inúmeros rostos anônimos, que muitas vezes, por conta do orgulho, são ignorados como se fossem brilhos de simples coisas inanimadas passando em frente a nossos olhos. Algumas pessoas perdem a chance de compartilhar histórias de vida, aprender com experiências totalmente diferentes de suas realidades. Um simples sorriso, distribuído de forma gratuita, poderia proporcionar uma grande felicidade à outra pessoa, pois ele sempre carrega uma mensagem positiva.
Têm se visto uma desvalorização da palavra e da pessoa. Dizem cada vez mais inverdades, pronunciam o que realmente não queriam, falam por falar. As palavras são impregnadas pela vaidade e falsidade do locutor. Tratam as pessoas como se fossem objetos, nunca valorizam o que de bom elas causam, é tudo um jogo de interesse, enquanto servem são consumidas, depois disso são descartadas. Por que a dificuldade em valorizar quem lhe faz bem, ajuda, se preocupa e é amigo? Desperdiçam a chance de estilhaçar a casca da vaidade e exalar bons sentimentos através de sorrisos, pensamentos e boas ações.
Até quando existirão pessoas agindo de maneira tão individualista e descomprometida? Como se suas ações não fossem mais que ações. Que seriam únicas. Que suas más atitudes não trouxessem tristeza aos outros. Seria insano pensar que suas atitudes não têm a força de influenciar o mundo. Devemos lembrar que: "Não somos nada além de mais um tijolo em uma grande parede".
Nenhum comentário:
Postar um comentário