sábado, 11 de fevereiro de 2012

Prólogo da Felicidade


Que me perdoem os filósofos, “não-filósofos”, religiosos, ateus, poetas, escritores de botequim e até mesmo os que se aventurarem nesta leitura.

O que escrevo se baseia em visões de alguns anos de vida e muitas experiências vividas. Sem esquecer das leituras que me acompanham. Você caro leitor pode se perguntar em qual das categorias citadas me encaixo. Me vejo mais como um “relo-filo-escritor de botequim”!

Tentarei em algumas palavras expor o que penso sobre a construção da felicidade em nossas vidas.

O Homem necessita de uma identidade e de um rumo, pois quando não os têm, em sua vida se estabelece a sensação do vazio. A falta da autovalorização, autoestima e autoconfiança, são extremamente fortes e com elas o Homem cai no vácuo, tornando-se um Ser insípido, sem fantasias, sem crenças, sem alegria...

Temos que o indivíduo é o único responsável em dar significado à própria vida. Cabe a ele moldar seu destino a partir da construção de uma base sólida. Trata-se uma idéia altamente verdadeira, mas até certo ponto negada pelo Homem, que prefere dizer que o destino já está delineado desde o momento de seu nascimento, tendo, portanto, como único causador de suas felicidades ou tristezas, o fator sorte.

A idéia de não sermos os responsáveis por nossos destinos se trata de uma visão simplesmente cômoda. Porém, somos os responsáveis pelas causas de infelicidades e, principalmente as de felicidades que se instalam em nossas vidas.

A partir de uma abordagem cristã, mais precisamente católica, a responsabilidade para com a construção do próprio destino caminha lado a lado com a concepção de livre arbítrio. Como ensina Leão XIII, trata-se de uma liberdade, a faculdade de escolher entre meios apropriados para atingir um fim específico. Leia-se meios morais. Para Santo Agostinho, quando a vontade do Homem vem a se aderir ao Bem Imutável (de Deus), o Sumo Bem, então aquele alcança uma vida feliz. O livre arbítrio é um dom divino e a origem do pecado está no abuso da liberdade.

Do princípio do século XIX, destacam-se os pensamentos do filósofo Kierkegaard, para muitos o pai do existencialismo, onde o Ser é o único responsável em dar significado à sua vida e deve vivê-la da forma mais verdadeira e apaixonada. Obstáculos são inerentes a todos os caminhos, cabe ao Homem vencê-los.

Para Sartre, a única propriedade intrínseca ao ser humano é seu livre arbítrio. As escolhas são feitas através da capacidade humana para a liberdade absoluta, não existindo certas propriedades fixadas, portanto, o “homem é a liberdade”.

Somos responsáveis por nossas emoções e pelos traços permanentes de nossas personalidades. Somos condutores e únicos responsáveis por questões que nos abalem ou nos tornem felizes.

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